A taxa de cesarianas é reduzida em cerca de 55 por cento quando é dado mais tempo às mulheres para parirem, segundo uma investigadora da Universidade de Thomas Jefferson.
O estudo,  que saiu na edição de março da revista American Journal of Obstetrics and Gynecology, é o primeiro a testar formalmente o que acontece quando às mulheres com epidural no segundo estágio  (dilatação completa) são dadas quatro horas, em vez de três.
Não só a incidência de cesariana foi reduzida em mais de 50 por cento, como não foram associadas quaisquer consequências negativas para a saúde da mãe ou da criança, diz a investigadora principal do estudo, Alexis C. Gimovsky, MD, em Medicina Materno Fetal, investigadora do Sidney Kimmel Medical College da Universidade Thomas Jefferson.
Segundo a autora, os resultados sugerem que a regra de duas horas, que remonta a 1800, carece de actualização. “Este foi um estudo pequeno, pelo que uma mudança formal em orientações deve ser baseada numa amostra maior de mulheres, mas este estudo mostra o que temos observado na prática -. Há benefícios em permitir que as mulheres estejam mais tempo em trabalho de parto.”
As directrizes actuais não permitem grande flexibilidade, até porque alguns obstetras já dispensam tempo extra ao seu trabalho, numa base caso-a-caso, diz a Dra. Gimovsky. “Mas, por causa da redução do número de cesarianas que são realizadas neste país, devemos continuar a investigar a expansão do limite de tempo.”
Cerca de 30 por cento dos partos nos EUA terminam em cesariana, o que pode colocar uma mulher em risco para uma série de complicações nas gravidezes seguintes, pode influenciar a saúde fetal, o que tem efeitos dispendiosos, diz ela.
Cerca de 10-15 por cento das cesarianas em mães pela primeira vez resultam desta regra de duas horas, acrescenta. Permitindo três horas, se uma mulher teve uma epidural – medicamento que alivia a dor do parto, bloqueando sinais nervosos – foi uma alteração às directrizes de trabalho de parto do Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas na década de 1980.
Neste estudo, Dra. Gimovsky autora sénior do estudo, Vincenzo Berghella, M.D., Diretor de Medicina Materno-Fetal  no Hospital Universitário de Thomas, envolveu  78 primíparas (mães de primeira vez) entre as 36-41 semanas de gestação. Foram separadas num grupo “de trabalho alargado” que permitiu pelo menos uma hora adicional de trabalho de parto, e outro de “trabalho de parto normal” onde se seguiam as orientações actuais para o parto. No momento do parto, todas as participantes do estudo escolheram levar a epidural. Quase metade das mulheres teve um parto induzido.
Os resultados foram de uma incidência de cesariana de cerca de 19,5 por cento (8 em cada 41 mulheres) no grupo de trabalho de parto alargado e cerca de 43 por cento (16 de 37 mulheres) no grupo de trabalho parto normal. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, nos resultados de morbidade materna ou neonatal.
A Dra. Gimovsky verificou que muitas grávidas estavam receosas em participar no estudo, sugerindo “a maioria das mulheres estão muito motivadas para ter um parto vaginal”, diz ela. “Alterar as recomendações pode ajudar muitas mulheres a alcançar esse objetivo.”
Fonte: Medical News Today
Tradução. Bionascimento

Iniciar conversa
1
BIONASCIMENTO
Olá
Podemos ajudá-lo?