Quando o nosso site arrancou a 12 de Março de 2005, os sites e os emails tinham um papel determinante na difusão da informação.Fomos pioneiros em Portugal e dedicámos-nos a divulgar informação actualizada sobre o parto e nascimento. Hoje são as redes sociais que tomam a dianteira deste papel de fazer chegar rapidamente a informação às pessoas.
Foi com este artigo que tudo começou. São já muitas as mudanças positivas que foram feitas desde então, mas não podemos dizer que o artigo está de todo fora do nosso contexto actual. Continuamos com muita coisa por fazer a nível de qualidade dos cuidados. Os importantes números que temos de mortalidade infantil e neonatal, continuam a servir de justificação para um orgulho que alimenta a inércia na busca pela actualização face aos fundamentos científicos, que têm um importante papel na qualidade.
 
“São várihqdefaultos os países desenvolvidos que já tomaram medidas concretas, no sentido, de melhorarem as condições do nascimento, isto é, “redescobriram” que o nascimento é um acto natural, fisiológico, no qual só se deverá intervir em situações patológicas. A nível Ibérico há igualmente necessidade de mudança, Espanha possui já vários grupos de acção, que têm cada vez maior expressão. O apoio directo dos mass media, tem sido fulcral para a progressiva eliminação dos mitos em redor do nascimento. No dia 13 de Março, às 13 hrs, em todos os Forum Fnac de Espanha vão passar 32 curtas-metragens que caracterizam o estado da sociedade espanhola, e o tema do parto hospitalar vai estar incluído! A forma como esta curta-metragem foi realizada, permite, que apesar de sério,  possamo-nos divertir um pouco. Através da fotografia acederá directamente ao  filme.
No nosso país, temos igualmente uma excelente oportunidade de, não só melhorarmos a forma como encaramos o nascimento, como a de rentabilizarmos os recursos financeiros para áreas de maior necessidade de intervenção.
O Parto tornou-se num acto totalmente medicalizado e consumidor de recursos hospitalares que poderiam ser redistribuídos de uma forma mais eficaz por áreas da saúde que são verdadeiras patologicas. O Parto para a grande maioria das Mulheres pode ser, daí que, facilmente se consegue identificar as poupanças que podem advir de uma mudança de atitude.
Esta mudança não põe em causa a segurança da mãe e do bebé, pelo contrário, beneficia-os.
Já que não temos estrutura para seguir o exemplo da Holanda, que desde sempre teve uma atitude fisiológica para com o nascimento, podemos olhar por outros que mais se aproximam da nossa realidade, como  vários países da UE, Estados Unidos, e  até mesmo o Brasil, onde a coragem política no sector da saúde está a revolucionar o nascimento.
A solução pode facilmente passar por : ” ter nos hospitais uma zona de partos de baixo risco, com um ambiente familiar, supervisionado por parteiras e, ao lado, separado por uma porta, a zona de alto risco. Se o parto evolui bem, não há qualquer problema, caso contrário, abre-se a porta e passa-se a cama para a outra zona. É um parto no hospital, mas num ambiente menos stressante, menos medicamentado e portanto, menos agressivo”, como referiu o Dr. Gerard Visser (Director do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Universitário de Urecht, na Holanda) em entrevista à revista Bebé d´hoje, edição de Fevereiro de 2004.”

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